E depois de tanta espera (desde 2018) finalmente estreou o primeiro episódio da oitava e última temporada de Homeland, série exibida aqui no Brasil na Fox Premium Streaming e Fox Premium 2. Eu fui uma das sortudas que assisti em primeira mão aos dois primeiros episódios dessa nova temporada e confesso que como maratonista, aliás minha única atividade física no momento, eu queria sentar e assistir a temporada TODA de uma vez.
É incrível como atualmente uma série sobre a política de segurança americana consegue ter notas tão altas tanto com os críticos quanto com os fãs com uma média geral de 86% de aprovação somada! E isso que a sexta temporada não foi sua melhor fase, apesar de ter concorrido a 3 prémios Emmy pelo seu último episódio, que realmente foi espetacular.
Depois disso a sétima temporada trouxe vários começos de histórias e arcos, que com certeza veremos novamente na oitava temporada. E se você assiste Homeland, ou quer assistir a nova temporada, eu vou explicar um pouco de porque eu acredito que a série está terminando com chave de ouro e na hora certa.
– Nós sabemos que na sétima temporada Carrie voltou a exibir problemas ligados à sua bipolaridade que pode chegar a surtos psicóticos e que no Gulag, prisão russa onde Carrie passou 213 dias, ela não tomou sua medicação boa parte do tempo. Além disso, a personagem tem uma tendência a ficar atraída por homens com um histórico um tanto suspeito e vimos que Carrie ficou presa com pelo menos 3 russos.
– Saul é o novo conselheiro de segurança para o novo Presidente dos EUA, ou seja, ele provavelmente terá que passar por muitas situações complicadas envolvendo o Talibã e a SVR, serviço de inteligência Russo sucessor da KGB. No passado Saul teve um caso com uma espiã Russa e sabemos bem que os países do Oriente Médio não são um local onde ele possa viajar sossegado. Além disso que ele já foi chefe na CIA de Operação no Oriente Médio, o que significa que ele foi chefe da contra-espionagem, e de certa forma, ele quer acabar com a questão das Guerras na Região.
*Pausa para história real: Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas, Ocidental, cuidada pelos Americanos e Oriental, que respondia aos Russos. Isso durou todo o período da chamada Guerra Fria, uma briga pelo poder entre Rússia Soviética e Estados Unidos durante quase 50 anos. Literalmente um grande muro dividia a Alemanha em dois, e de certa forma o mundo, pois ou você era a favor do Capitalismo Americano ou do Comunismo Russo (alguma semelhança com o que o mundo em que estamos vivendo?!!! Nem preciso comentar…). Neste período, os EUA entraram no Afeganistão e ajudaram a criar uma força de combate contra os Russos que tinham interesse no país. Então o Exército Americano, a CIA, e provavelmente algumas outras siglas que não conhecemos, treinaram e armaram os homens religiosos da região para que eles lutassem contra os soviéticos. Sim, o Talibã é uma criação tão americana quanto a Coca-Cola, Torta de Maçã, e a calça jeans Levi’s. E bem, depois de alguns anos, o Talibã cresceu e se emancipou, e a América não gostou nem um pouquinho do resultado.
– Voltando a série, vimos na quinta temporada que a série usa de temas políticos reais para envolver seus personagens. Discutiram Snowden, a questão dos imigrantes na Europa, Putin, ISIS, entre outros. Por consequência, nossos personagens serão envolvidos em diversas políticas estrangeiras nas quais os EUA estão envolvidos. E por serem os “mocinhos” querem terminar com as guerras, mas já vimos que o governo americano nunca se interessou muito por isso. Então teremos 12 episódios recheados de muito conflito e mais que nunca relevantes.
Posso dizer com segurança que eu gostei muito dos dois episódios que tive acesso e realmente não fiquei nem um pouco contente em ter que esperar para saber qual será o destino de Max, Saul, Carrie e tantos outros que sobreviveram às sete temporadas anteriores. Quem não está louco para descobrir o que aconteceu com a Carrie no Gulag? O que fizeram Max e Saul para estarem onde estão agora? Será que todos os três chegarão vivos ao fim da série? Será que Carrie conseguirá ser uma mãe estável para sua filha ou será que a vida de espiã é complexa demais. Sem falar no problema óbvio que é a doença de Carrie e sua irmã tomando conta dela.
Acredito que terminar enquanto a série é um sucesso é uma estratégia perfeita. Serão 8 temporadas de sucesso e sem histórias confusas apenas para preencher o tempo e nenhuma necessidade de estarem ali. Aliás o formato de doze episódios também facilita manter a história ágil e relevante. Sem falar que ninguém vai ficar se perguntando se a série será renovada ou não, o que é sempre uma aflição para viciados como eu. Homeland está se despedindo de seu público com o melhor que pode dar. Eu, particularmente, achei esses dois episódios melhores do que a sexta e sétima temporada por serem mais ágeis, com excelentes diálogos que me mantiveram presa na televisão por quase uma hora cada episódio! E sim, eu seria capaz de assistir ao resto da temporada se pudesse e estar aqui agora dizendo se o final será o que esperamos. Nos resta assistir todo domingo às 23:30 no streaming da Fox Premium (eu não tenho o canal da Fox Premium 2). Pelo menos, tivemos uma estreia mundial e ficaremos ansiosos junto com o resto do mundo, sem risco de recebermos os terríveis spoilers.
E vocês já assistiram ao 1º. Episódio dessa temporada? O que acharam? O que esperam da temporada final? E como vocês terminariam o seriado, quero saber, qual seria o desfecho perfeito que vocês escreveriam. Comentem aqui!