Star Wars: O Despertar da Força

Em primeiro lugar quero deixar bem claro que é uma honra enorme fazer parte da seleção de jornalistas que assistiram o “Episódio VII” hoje antes da pré estréia. Agradeço a Disney por tornar 2015 um ano mais do que especial para mim! =) Minha intenção aqui não é estragar com o filme ou a surpresa de ninguém, então pretendo dividir um pouco dessa emoção, mas sem entregar nenhum spoiler, ok?

Star Wars: The Force Awakens L to R: Kylo Ren (Adam Driver), Finn (John Boyega), and Rey (Daisy Ridley) Ph: David James © 2015 Lucasfilm Ltd. & TM. All Right Reserved.

Kylo Ren (Adam Driver), Finn (John Boyega), and Rey (Daisy Ridley) – Imagem Oficial © 2015 Lucasfilm

O que falar sobre saga de Guerra nas Estrelas (Star Wars Saga, EUA, 1977-?)? Para alguns a espera é de 10 anos, outros de 32 anos… É, O Retorno de Jedi (Return of the Jedi, EUA, 1983) foi lançado em 1983 e é considerado por muitos o último dos filmes bons de Guerra nas Estrelas. Portanto, mesmo que eu quisesse, eu jamais me arriscaria a dar uma opinião final sobre Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens, USA, 2015): acho que é o tipo de filme onde você saí tão emocionado do cinema, que é impossível ser parcial. Você simplesmente saí embasbacado com aquela sensação de “Caraca, eu acabei de assistir ao novo filme de Star Wars!”. Lógico que talvez alguns discordem de mim, já aqui, mas foi essa a sensação que eu tive ao reparar nos outros críticos que também saiam da sala: todos em um estado de transe, deglutindo o filme. Afinal Star Wars é provavelmente, um dos filmes mais esperados dos últimos anos.

A ansiedade era tão grande que a maioria de nós falava que mal conseguiu dormir direito, e vários me pareciam sem saber o que falar do filme. É, é isso que J.J. Abrams conseguiu provocar na gente. O filme é absurdamente bem feito, mas eu não esperava nada de diferente. E fica claro que Abrams é realmente um fã que foi influenciado pela trilogia original. Mas não pense que J.J. também não deixou sua marca própria, e essa dualidade torna o filme interessante: afinal o trabalho é resgatar o saudosismo bom dos filmes originais, mas sem perder a originalidade, certo?

Star Wars: The Force AwakensPh: Film Frame©Lucasfilm 2015

Capitã Phasma – Imagem Oficial ©Lucasfilm 2015

Uma das coisas que eu mais gostei – apesar de poder ser loucura da minha cabeça – é que como fã do Universo todo, um Jedi é mais que um cara com um sabre de luz. Ele pode ser um Jedi que luta com a Força e poderes, o chamado Jedi Consular; ou um Jedi Guardião que luta mais com o seu físico. Esses conceitos aparecem muito no antigo Universo Expandido – agora chamado “Legends” – mas não eram tão explorados nos outros filmes, tirando talvez pelo  contraste de apresentação de Obi-wan e Yoda na trilogia original, ou pela personagem de Liam Neeson, Qui Gon Jin, no Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma (Star Wars Episode I: The Phantom Manace, EUA, 1999). Parece que J.J. talvez tenha deixado uma abertura para explorar esse conceito. E eu não me incomodaria de ver Jedis e Siths com personalidades e poderes diferentes nos próximos filmes, no estilo dos jogos de KOTOR (Star Wars: Knights of The Old Republic, XBOX/Windows, 2003). Mas isso é apenas uma elucubração, tá gente?

Os figurinos estão fantásticos, eu já tinha me apaixonado pela Capitã Phasma com seu visual imponente no trailer! BB-8 é um droid fofo, e o resto imagino que vocês que acompanharam desde os primeiros teasers sabem o que esperar.

Uma sugestão: deixe o filme surpreender vocês! Dispam-se de qualquer preconceito e podem ir para o cinema tranquilos: do Jar Jar não aparece, nem o esqueleto! 

Star Wars: The Force Awakens Ph: Film Frame ©Lucasfilm 2015

Millennium Falcon – Imagem Oficial ©Lucasfilm 2015

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 16/12/2015)

 

 
 

Katniss e os Últimos Jogos Vorazes

Chegamos finalmente ao último filme da saga Jogos Vorazes (The Hunger Games, EUA, 2012-2015) . Alguns podem perguntar o porquê da importância da trilogia de Susan Collins ou dos quatro filmes. Existe toda uma geração que conheceu pela primeira vez o conceito do que é uma distopia lendo Jogos Vorazes (The Hunger Games Trilogy, EUA, 2008-2010), que, ok, pode não ser um Admirável Mundo Novo (Brave New World, Aldous Huxleu, Inglaterra, 1932) – minha distopia preferida – mas tem conceitos bem mais atuais e menos machistas: aqui a personagem principal e heroína da história não pertence a segunda classe de cidadãos por ser mulher (ou nunca ninguém reparou que não existem mulheres Alpha* no mundo de Huxley?). Katniss é sim pobre, filha de mineiro e uma curandeira, mas apesar disso ela é capaz de mobilizar e inspirar multidões a saírem de seus sofrimentos e lutarem por uma Panem melhor.

Tropa de Seguidores do Tordo - Imagem Oficial Paris Filme

Tropa de Seguidores do Tordo – Imagem Oficial Paris Filme

Um fato que não podemos deixar de falar aqui é que Katniss Everdeen é interpretada pela atriz Jennifer Lawrence, que foi um dos nome que mais rendeu para Hollywood no ano de 2014. Entretanto JLaw vive em um mundo onde ela é uma Beta*, afinal seu salário é menor do que de atores com o mesmo “star power” e que nasceram homens. E claro que o ator Jeremy Renner, que já deu vexame anteriormente, se referindo à personagem da Viúva Negra nos filmes como “whore” (prostituta) , decidiu abrir a boca mais uma vez para não somar nada de positivo a respeito da discussão sobre o sexismo nos salários em Hollywood. Renner disse que o problema não era dele ou de nenhum outro ator, mas sim dos agentes. E pensar que ele é pai de uma MENINA… É claro que estamos falando de valores ridiculamente altos demais para nossa realidade, mas como podemos ver nesse artigo, mulheres ganham aproximadamente U$0,25 a menos do que um homem por hora de trabalho, nos EUA.

Antes que alguém ache que eu quero que uma mulher ganhe a mesma coisa que um homem só por ser mulher, eu vou ser bem clara: eu acho que duas pessoas devem ganhar a mesma coisa se elas são igualmente qualificadas, independente se elas são de Plutão, tem língua verde, cabelo roxo ou acreditam em coisas diferentes, como uma gosta de Star Trek e outra Star Wars (sim, religião também não é motivo também para preconceito).

Cressida e sua equipe, outra mulher forte que ajuda Katniss a usar da sua voz - Imagem Oficial Paris Filme

Cressida e sua equipe, outra mulher forte que ajuda Katniss a usar da sua voz – Imagem Oficial Paris Filme

Aliás, o filme me surpreendeu positivamente. Eu esperava me emocionar, chorar e todas essas coisas, afinal li os livros. E apesar de um pouco longo, é um desfecho de uma saga, e um final digno que amarra todas as pontas – algumas que eu já reclamei no passado inclusive. Agora que já tiramos tudo isso do caminho vamos falar um pouco do filme? Katniss foi a primeira heroína de verdade nesse novo universo infanto juvenil, e que não sofre de complexo de “princesa na torre” como a Bella de Crepúsculo (The Twilight Saga, EUA, 2008-2012) ou de mártir como a Trix de Divergente (The Divergent Series, EUA, 2014-?). E se você tinha alguma dúvida sobre a força de Everdeen porque nos outros três filmes existe um triângulo amoroso, pode ter certeza que A Esperança O Final (The Hunger Gamer: Mockingjay Part 2, EUA, 2015) mostrará não só as inseguranças de Katniss, mas a sua capacidade de tomar atitudes que justificam a lealdade de todos que seguem O Tordo, como é chamada.

E se você teve paciência para chegar até o fim dessa coluna comigo, eu espero que dê uma chance de repensar um pouco em alguns dos seus conceitos e tentar entender quem é a autora que impressionou tanto uma geração. Susan tem uma mensagem para passar, uma mensagem que nos livros de Jogos Vorazes me parece mais sutil, mas que para mim ficou muito mais clara nesse último filme: encontrar sua voz e sobreviver em mundo cheio de guerras é muito difícil, mas se você for como Katniss, uma pessoa preocupada com o mundo e com a sobrevivência do mesmo, você irá encontrar a sua voz e o seu espaço para fazer a diferença!

*Alpha e Beta são classes sociais da sociedade de Admirável Mundo Novo

Katniss e sua tropa - Imagem Oficial Paris Filmes

Katniss e sua tropa – Imagem Oficial Paris Filmes

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR EM 19/11/2015)

A nova identidade de Ricardito

Ricardito também é conhecido por Arsenal e depois por Arqueiro Vermelho. Como sabemos, apesar de o seriado da WBser baseado em Arqueiro Verde – Ano Um, nós esperamos que existam certas “liberdades poéticas” na história. Em Arrow, Speedy – o apelido de Roy nas HQs americanas –  é o apelido de Thea Queen, irmã de Oliver e eventual par romântico de Roy. Mas o significado do apelido não se perde e é usado em uma homenagem muito interessante – mas sem detalhes para não entrar em spoilers! Outro fato instigante da série é que somente em UM momento brincam com o apelido de Arqueiro Verde para o Vigilante. Portanto, não podemos esperar que Ricardito também ganhe seus outros nomes de guerra. Mas uma coisa nós já sabíamos: vermelho seria a cor para identificar o novo ajudante de Queen.

Ricardito como Arsenal?

Para quem viu as primeiras temporadas, observamos que Roy usa um moletom com capuz vermelho praticamente o tempo todo. E se você já assistiu ao fim da segunda, pode ter reparado em mais uma evolução na vida dele. Mas é somente agora na terceira temporada que Ricardito ganhará o seu uniforme e finalmente poderemos vê-lo como um verdadeiro super-herói e, quem sabe, eventualmente, trabalhando com a A.R.G.U.S. e com o Esquadrão Suicida – que já fez uma aparição rápida no seriado, com direito a uma convidada muito especial. Se você viu o episódio e não sabe de quem eu estou falando, recomendo rever 😉 Se você quiser saber mais é só abrir esse spoiler.

E o que podemos esperar dessa terceira temporada além do Arqueiro Vermelho? Se você não terminou o seriado e não quer nenhuma surpresa, sugiro parar por aqui. Mas se não se incomoda com especulações, por favor continue e me conte o que você espera para essa próxima temporada também!  😀

 

 

!!Alerta de Spoiler!!

 

Arrow não é feito só de heróis bonitos. Canário Negro também embeleza a série.

 (TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 26/09/2014) 

Guardiões da Galáxia: Um filme que poderia pertencer à minha infância

Para tudo: nós temos Glenn Close, John C Reilly, Djimon Hounson, Benicio Del Toro, Bradley Cooper, Josh Brolin e quem é a personagem principal é o moleque meio gordinho de Everwood?! Aquele que casou com Anna Faris, conhecida pela série bizarra Todo Mundo em Pânico e que faz Parks and Recreations, aquela série meio chata e nonsense (na minha opinião pessoal) que eu não sei como ainda está no ar? Por que ele? Não tinha nenhum ator melhor disponível? O filme era tão ruim que só ele aceitou o papel? Essas dúvidas não saíam da minha cabeça até a primeira cena, em que Peter Quill aparece e não, nenhum outro ator iria conseguir captar a essência de Peter tão bem quanto Chris Pratt.

Chris Pratt antes e depois, merece ou não entrar para o time junto com os outros Chris?

O filme é uma deliciosa viagem no tempo, que me remeteu a diversos filmes que cresci vendo e revendo. E Chris acerta em cheio fazendo um personagem que só outro ator até hoje conseguiria fazer e estou falando do nosso amado Harrison Ford! Star-Lord tem qualidades e defeitos de personalidades que me lembraram muito um misto de Indiana Jones e Han Solo, sem falar no charme meio “canastrão” que só Harrison consegue ter, a mesma espécie de charme que o Capitão “Mal” da série Firefly também tinha. Aliás, para os fãs que tanto queriam ver Nathan em um dos filmes da Marvel, essa é a sua chance, difícil é reconhecê-lo. Além disso, Pratt conseguiu um outro feito incrível: perder mais de 25 quilos aos 35 anos para o papel! Sim, nosso antigo mocinho bochechudo adquiriu um corpo digno dos heróis atuais, completando uma tríade da Marvel de tirar o fôlego feminino, com Chris Evans como Capitão América e Chris Hemsworth como Thor.

É claro que a escolha de esconder Bradley Cooper se paga em um personagem incrível: Rocket Racoon é outra enorme surpresa do filme. Estava esperando um anti-herói cheio de frases prontas e sem muito carisma, mas Bradley me provou que não é só um rosto bonito, divertido e talentoso de Hollywood, ele também possui uma voz cheia de personalidade. Vin Diesel, que também surpreende por não ser o “tanque” do grupo e emprestar a sua voz para Groot, um ser meio Ent, que assim como um Wookie ou o meu adorado R2-D2 transmite em pouca palavras uma emoção incrível. Seu personagem é lindamente construído e parabéns para os responsáveis pelos olhos de Groot: eles são carregados de emoção o filme inteiro. Já Zoe Saldana é meio expert em personagens coloridas, mas não me impressionou tanto quanto o então desconhecido – ao menos para mim – Dave Bautista. No papel em que alguns esperavam ver Vin Diesel, Dave dá vida ao Drax trazendo um frescor para o ranking de fortões de Hollywood.

Peter Quill: um herdeiro mais digno para o Indiana do que o Shia LaBeouf

O que mais falar sem estragar o filme? A trilha sonora é, para mim, um sexto personagem do grupo e parte fundamental da história. Começou cativando a vários, como eu mesma, no trailer com Hooked On A Feeling do grupo Blue Swede. Em vários momentos eu queria cantar e dançar no cinema, e acho que no fim me entreguei quando Ain’t No Mountain High Enough, com Marvin Gaye começa – essa música  sempre me lembra de amigos, desses com quem a gente pode contar para toda hora. Outros elementos com os quais cresci, seja um Walkman ou até brinquedos, também estão lá dando o seu toque e charme para transformar e ambientar o filme, transformando-o em algo conhecido e que você instantaneamente assimila como um dos seus clássicos de infância. Saí do cinema achando que iria pedir de Dia das Crianças o CD com a trilha sonora de Guardiões da Galáxia – eu era colecionadora – ou um brinquedo de McDonald’s como as lindas naves da Nova Corps que aparecem no filme.

E se Guardiões da Galáxia consegue ser tudo isso é que existe uma GRANDE razão por trás: a Disney, dona da Marvel Studios, adquiriu recentemente a LucasFilms. Sim, George Lucas vendeu para a Disney seu império e talvez por isso esse filme tenha essa gostosa nostalgia. Minha única critica é a falta de uma rápida explicação sobre os impérios do mundo Marvel, algo que foi super bem feito em Thor 2. Mas, se você não se importar muito em se aprofundar no universo dos Kree, Xandar ou o que é a Nova Corps, não acredito que chegue a estragar a diversão do filme.

Aliás, eu sei que muitos vão discordar de mim, mas a cena final, aquela que vem depois de todos os créditos foi uma das melhores da Marvel e fecha o filme com chave de ouro, deixando claro que a Marvel/Disney/LucasFilm não estão de brincadeira nem quando fazem uma comédia! 😉

O garoto de Everwood, uma árvore, um guaxinim, um marombado e a Zoe Saldana dessa vez em tons de verde. São esses os Guardiões da Galáxia… Você confia?

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 08/08/2014)
 

A Mulher-Maravilha roubou o armário da Xena?

OK, já contei aqui no Abacaxi Voador que sou “A CHATA” da caracterização dos personagens. Acho que talvez por isso acabei me formando em Moda – um dos meus sonhos era trabalhar com figurinos e maquiagem para cinema – e essa questão da criação de uma personagem virou algo mais pessoal nas “discussões” sobre filmes, especialmente quando são personagens que eu gosto como o Batman, ou o mais novo SupermanHenry Cavill.

Lynda Carter como Diana Prince e sua roupa mais que tradicional

Sendo sincera, eu nem gosto muito da Mulher Maravilha. Acho que nunca me identifiquei com a Amazona, mas é claro que apesar disso até eu já usei a minha fantasia de Wonder Woman. Lógico que aos 4 anos de idade, a referência para minha fantasia de carnaval era a de Lynda Carterhotpants azul com estrelas, tomara-que-caia vermelho e acessórios dourados. E essa foi a imagem com que eu, e acredito que vários de vocês, cresci imaginando Diana Prince.

Durante os últimos quatro anos, ouvi vários rumores sobre a volta da Mulher Maravilha  na sua versão hollywoodiana: algumas tentativas de seriados – um com a minha amada Christina Hendrix – e pelo menos um filme de Joss Whedon. Mas, por alguma razão, nenhuma delas realmente chegou a algum lugar. Até que, após o sucesso de Man Of SteelZack Snyder resolveu ir além. Se ele conseguiu, com a ajuda de Christopher Nolan, modernizar o Super-Homem, por que não ir um pouco mais longe? O que seria o segundo filme da série do Homem de Aço, ganhou primeiro um Batman, depois um Cyborg e por último a Mulher Maravilha (e existem rumores que veremos um Aquaman “Dothraki”, pois Jason Momoa está cotado para o papel do Rei dos Sete Mares).

Mulher Maravilha ou Xena?! Os anos 90 estão de volta, mas não vamos ser tão literais.

Hoje, durante minha leituras pelo mundo da internet, eu me deparo com uma imagem “horrenda”: uma foto do que seria o novo traje da Mulher Maravilha no filme Batman v Superman. E já começaram as críticas sobre o “assassinato” do que seria o traje da Amazona. As comparações com a Xena são inevitáveis, e eu me pergunto onde, quem e por que fizeram isso com Diana? Uma personagem clássica com tantas possibilidades… É óbvio que eu não viria aqui sem analisar bem o traje, e sim está tudo lá. O tomara-que-caia, as botas, os braceletes e até o enfeite de cabelo. Mas quem teve a infeliz ideia dessa cor meio cobre para TODO o uniforme? E esse cabelo? Até o da Xena era mais bem tratado… Lógico que reparando bem, o desenho do bustiê está PERFEITO mas nada resiste a essa cor e essas tiras de couro. Se o objetivo era torná-la menos americana, poderiam usar um vinho para colorir a parte de cima e manter a saia de gladiadora.

Eu sei que a maioria dos homens que leem o site talvez discordem de mim, afinal o que importa é o “conteúdo” da personagem e não a cor de sua roupa ;P.  Mas por favor, tentem entender que para mim, é quase tão ruim quanto a armadura com mamilos do Batman! E depois de muita reflexão sobre o porquê dessa ousadia, só consegui pensar em duas respostas. A primeira seria uma “resposta” à Marvel e sua mais nova versão feminina do Thor.  Afinal, se a Marvel quer atingir o público feminino (errou feio, mas tudo bem), a D.C. quer um pedaço desse público também. A segunda, que é para ser levada tão a sério quanto a própria notícia, é que eles literalmente ficaram com “invejinha” da Marvel, que acabou de anunciar a escalação da atriz Lucy Lawlesscomo Isabelle Hartley, a nova agente da S.H.I.E.L.D. no seriado homônimo da ABC.

Batman e Superman juntos na Comic Con ou um “agrado” para as mulheres de plantão!

Mas afinal, o que vocês acharam do novo traje da Mulher Maravilha?

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 06/08/2014)

Planeta dos Macacos, Versão 2.0

Em primeiro lugar, acho que cabe aqui falar sobre a beleza do filme. Cenas lindas de chuva, vidros empoeirados, transições belas e uma trilha sonora que até a minha mãe reconheceu como uma das melhores que ela ouviu recentemente. O cuidado com que a Cidade dos Macacos foi feita é incrível, tudo o que os fãs de Star Wars – eu inclusive – queriam para os Ewoks! 😉  A questão da Antropologia e evolução da civilização de Cesar também é retratada de forma brilhante: enfeites de ossos, trabalho com palha, lanças, contas para enfeitar as fêmeas, trabalhos com couro trançado… Enfim, tudo propositalmente feito para explicar a transição e a história de 10 anos de evolução dos símios.

César, seu filho recém-nascido e as “parteiras” com enfeites de palha e contas.

Minhas dúvidas sumiram nessa segunda sessão: o filme não se trata de uma versão “ambientalista” ou “anti-armas” como algumas críticas sugeriram. Na verdade, o filme se atualiza, transformando o medo da viagem para a Lua, guerras atômicas e o racismo, questões super relevantes em 1968, em medo da evolução da ciência, guerras biológicas, o fim da energia elétrica e o simples ódio entre dois seres que não conseguem parar de culpar um ao outro e, portanto, desejam a morte de todos os outros que são daquela maneira. Esses são os nossos medos hoje, e na minha opinião, eles foram bem retratados de forma muito óbvia, mas interessante. Acho que até demonstram um certo medo da humanidade da sua própria evolução, revelado aqui no pânico que os humanos têm que os macacos sejam mais evoluídos e melhores que nós, papel esse que cabe a Kirk Acevedo, que faz contraponto ao personagem de Koba, ambos se odiando.

Então vamos “Dar a Cesar o que é de Cesar” e parabenizar a todos aqueles que souberam deixar Andy Serkis como ator principal, em vez de uma personagem humana. E nos resta esperar: o próximo filme e saber quando a Academia irá reconhecer que existe um ator de carne e osso por trás da computação gráfica.

Personagens e atores: por trás da C.G. existe um ator de verdade.

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 28/07/2014)

Dias de um Futuro Esquecido – Sem Preconceitos

Algum tempo atrás, Henrique e eu estávamos conversando, e eu me convidei para escrever aqui (no site Abacaxi Voador). Após esse convite, eu viajei, mas a verdade é que estava morrendo de medo de enfrentar essa jornada, até porque comecei a achar que não conseguiria escrever sobre nenhum tema de maneira interessante. Como vocês não me conhecem ainda, deixa eu me apresentar: meu nome é Silvia e sou nerd e geek com orgulho. E além disso, eu tenho uma enorme neura com caracterização das personagens.

Você perderia a chance de ver uma vencedora de dois Oscars em ação?

Você perderia a chance de ver uma vencedora de dois Oscars em ação?

Como sou extremamente ansiosa e estava louca para ver o novo filme dos X-Men (X-Men: Days of Future Past, 2014),  “obriguei” meu “pobre” marido a me levar para assistir à primeira sessão que vi disponível do filme. E lá fomos nós ao Village – viva a meia-entrada – na sessão de 00:01 em 3D nas salas “VIPs” do shopping. Por trás de tanta ansiedade, uma explicação rápida: o primeiro filme a que assistimos juntos, antes até de namorarmos, foi o X-Men 2, em 2003 – portanto, é claro que esse filme, que junta passado e presente, tem um significado para nós.

Mas deixando de lado o sentimentalismo, vamos falar das minhas impressões sobre o novo filme dos X-Men. Primeiro, tenho que confessar que tremi quando anunciaram a presença de uma das minhas mutantes preferidas no filme, Feiticeira Escarlate, pois morri de medo de estragarem a personagem tal qual fizeram com a Emma Frost em X-Men Primeira Classe. Mas, para a minha felicidade, Bryan Singer anunciou a retirada da personagem – que vai aparecer em Vingadores 2 (Avengers: Age of Ultron, 2015), e isso fica para outro post – e eu fui ver o filme mais leve, esperando apenas um show dos quatro atores principais: McAvoy, Fassbender, Sir McKellen e Sir Stewart. Após vermos o filme, algumas coisas me deixaram ligeiramente incomodada. Sendo MUITO sincera, tudo o que me incomodou foi por questões de implicância pessoal minha e isso me fez lembrar sobre como nos prendemos a detalhes e muitas vezes acabamos não aproveitando um filme.

Em 2000, quando anunciaram que Ian McKellen faria o Magneto, uma amiga odiou a escolha: como o Magneto, que sempre foi um personagem bonito, poderia ser aquele velho? Não seria melhor escalarem o Richard Gere? Na semana passada, outra amiga reclamou que o Bobby Drakeaka Homem de Gelo, deveria ser um ator mais bonito que o atual. E vamos lá, quantos de nós não criticamos a escolha de uma “velha” para fazer a Jean Grey ou as péssimas escolhas capilares para a Tempestade?

Independentemente do que achar, não se pode negar a boa atuação deste grande elenco.

Independentemente do que achar, não se pode negar a boa atuação deste grande elenco.

A verdade é que por uma razão ou outra nós nos prendemos a alguns detalhes, e isso muitas vezes pode estragar a experiência de ver um filme, como eu QUASE estraguei a minha hoje. Independente das escolhas “estranhas” para o filme, confesso que na hora H, quando você está lá na sala de cinema, nada disso importa. Bryan Singer conseguiu dirigir um filme fantástico, mesmo que algumas caracterizações possam não ser do jeitinho que esperávamos. No fim, o que importa de verdade é a capacidade de tornar esses “defeitinhos” irrelevantes, como no caso de X-men: Dias de um Futuro Esquecido, para que a gente possa aproveitar a história em si. E nesse ponto eu devo “tirar meu chapéu”  para a Fox, que não só conseguiu juntar o elenco das duas versões diferentes da história, mais partes da origem do Wolverine e fazer um filme coerente e coeso. O filme me prendeu na cadeira do inicio ao fim, e apesar do meu comentário lá do inicio, não consigo pensar em mudar algo na história dele. Bryan, como diretor do primeiro filme dos mutantes, criou com um cuidado e carinho especial um novo caminho para que a Fox possa transformar os X-Men na grande franquia que sempre quiseram, mas com maiores chances de sucesso dessa vez, tal qual sua concorrente Marvel.

Portanto, minha recomendação é: vá assistir ao filme como se nada soubesse dos Mutantes, aproveite a boa história, além das excelentes interpretações – James McAvoy dá um show à parte –, e simplesmente curta o filme deixando de lado seus preconceitos, apesar de, às vezes, precisarmos fazer um esforço um pouco maior. Tente não levar tão a sério o poder de cada personagem ou como sua caracterização é nas revistinhas. No fim a gente sabe que eles sempre acabam reescrevendo para acomodar a saga que interessa. Mas ninguém precisa ficar assustado. Meu marido saiu do cinema dizendo que é “a primeira vez que ele espera ansioso por um próximo filme dos X-Men”.  O filme é bom e, se encarado com o espírito certo, é provavelmente o melhor de todos estrelando os mutantes.

O futuro dos humanos e mutantes foi decidido nos cinemas, não deixe de lado essa parte da história.

O futuro dos humanos e mutantes foi decidido nos cinemas, não deixe de lado essa parte da história.

PS: Espero que todos curtam o filme e não se esqueçam da cena pós-crédito!!! =)

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR EM 23/07/ 2014)