Em primeiro lugar quero deixar bem claro que é uma honra enorme fazer parte da seleção de jornalistas que assistiram o “Episódio VII” hoje antes da pré estréia. Agradeço a Disney por tornar 2015 um ano mais do que especial para mim! =) Minha intenção aqui não é estragar com o filme ou a surpresa de ninguém, então pretendo dividir um pouco dessa emoção, mas sem entregar nenhum spoiler, ok?
O que falar sobre saga de Guerra nas Estrelas (Star Wars Saga, EUA, 1977-?)? Para alguns a espera é de 10 anos, outros de 32 anos… É, O Retorno de Jedi (Return of the Jedi, EUA, 1983) foi lançado em 1983 e é considerado por muitos o último dos filmes bons de Guerra nas Estrelas. Portanto, mesmo que eu quisesse, eu jamais me arriscaria a dar uma opinião final sobre Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens, USA, 2015): acho que é o tipo de filme onde você saí tão emocionado do cinema, que é impossível ser parcial. Você simplesmente saí embasbacado com aquela sensação de “Caraca, eu acabei de assistir ao novo filme de Star Wars!”. Lógico que talvez alguns discordem de mim, já aqui, mas foi essa a sensação que eu tive ao reparar nos outros críticos que também saiam da sala: todos em um estado de transe, deglutindo o filme. Afinal Star Wars é provavelmente, um dos filmes mais esperados dos últimos anos.
A ansiedade era tão grande que a maioria de nós falava que mal conseguiu dormir direito, e vários me pareciam sem saber o que falar do filme. É, é isso que J.J. Abrams conseguiu provocar na gente. O filme é absurdamente bem feito, mas eu não esperava nada de diferente. E fica claro que Abrams é realmente um fã que foi influenciado pela trilogia original. Mas não pense que J.J. também não deixou sua marca própria, e essa dualidade torna o filme interessante: afinal o trabalho é resgatar o saudosismo bom dos filmes originais, mas sem perder a originalidade, certo?
Uma das coisas que eu mais gostei – apesar de poder ser loucura da minha cabeça – é que como fã do Universo todo, um Jedi é mais que um cara com um sabre de luz. Ele pode ser um Jedi que luta com a Força e poderes, o chamado Jedi Consular; ou um Jedi Guardião que luta mais com o seu físico. Esses conceitos aparecem muito no antigo Universo Expandido – agora chamado “Legends” – mas não eram tão explorados nos outros filmes, tirando talvez pelo contraste de apresentação de Obi-wan e Yoda na trilogia original, ou pela personagem de Liam Neeson, Qui Gon Jin, no Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma (Star Wars Episode I: The Phantom Manace, EUA, 1999). Parece que J.J. talvez tenha deixado uma abertura para explorar esse conceito. E eu não me incomodaria de ver Jedis e Siths com personalidades e poderes diferentes nos próximos filmes, no estilo dos jogos de KOTOR (Star Wars: Knights of The Old Republic, XBOX/Windows, 2003). Mas isso é apenas uma elucubração, tá gente?
Os figurinos estão fantásticos, eu já tinha me apaixonado pela Capitã Phasma com seu visual imponente no trailer! BB-8 é um droid fofo, e o resto imagino que vocês que acompanharam desde os primeiros teasers sabem o que esperar.
Uma sugestão: deixe o filme surpreender vocês! Dispam-se de qualquer preconceito e podem ir para o cinema tranquilos: do Jar Jar não aparece, nem o esqueleto!
(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE ABACAXI VOADOR NO DIA 16/12/2015)