Poucas situações na vida me fazem acordar cedo em um Domingo de excelente humor e até passar maquiagem! Acho que quando a gente se dá conta que passou maquiagem para ir ao cinema às 8h – isso mesmo, OITO horas da manhã; domingo; de bom humor – é que percebemos o quanto nos importamos e amamos o que estamos fazendo. E assim foi a manhã do dia 19 de fevereiro, vestida inspirada na minha X-men preferida (alguém se arrisca à adivinhar?), que fui assistir e provavelmente ver pela última vez o ator Hugh Jackman interpretar a personagem que ele assumiu com maestria por 17 anos: Wolverine.
Calma, antes que digam que eu estou insinuando alguma dica sobre o final do filme, eu espero que vocês me conheçam melhor do que isso. Hugh é que decidiu que era hora de pendurar as garras de Adamantium, e partir para novos projetos. Embora ainda em forma, e no auge de sua carreira, o ator, que fará 49 anos esse ano, sabe que a rotina dura de exercícios e as dietas super restritivas para viver o mutante que “não envelhece” em breve não serão o suficiente para manter a vitalidade de Logan/Wolverine* na tela – afinal o mutante tem o “fator de cura” que faz com que seu corpo se regenere e por consequência viva mais e sem sentir a passagem do tempo. Portanto, é hora de Jackman, se aposentar do papel, e sabemos que será difícil outro ator assumir esse espaço deixado.
Enquanto Hugh tomava café pingado em uma padaria perto de minha casa (haja desencontro!), eu estava munida de pulseira, credencial e esperava na fila para assistí-lo em Logan (Logan, U.S.A., 2017). Naquele momento, eu pensei no ciclo que vivenciei ao longo desses anos, e sorri ao pensar que Wolverine/Hugh esteve lá desde a primeira vez que vi meu marido, na primeira “crítica” que escrevi, e em outros momentos importantes da minha vida. E agora, em um novo momento ele estava aqui ao vivo, presente em carne e osso, e eu tinha sido escolhida para participar desse momento apesar de estar recomeçando. E é talvez por essa história que temos, que estar presente na coletiva foi um momento de tanto impacto na minha vida. Quantas vezes, nós temos a chance de começarmos e recomeçarmos, sob a benção de um ator que marcou nossa história?
Como prometi, e esse é o primeiro post original. Preciso confessar que achei que jamais seria escolhida para a coletiva de Logan. Circularam as primeiras notícias de que Hugh Jackman viria ao Brasil, mas eu não esperava nem ser chamada, afinal: veículo novo, começando, vida bagunçada. E aí veio o primeiro e-mail e o meu coração pulou uma batida, entretanto a confirmação só seria feita até a sexta feira que antecederia o evento. Não acreditando que seria chamada, troquei minha passagem e aceitei passar o fim de semana no Rio, agradeço as minhas mosqueteiras por me animarem, pois todos os meus planos até então pareciam ter falhado. Até que durante o almoço na sexta, toca o sinal de que chegou um e-mail novo e eu não consigo falar ou respirar, era a confirmação para a coletiva!
No fim das contas, posso dizer que o nome desse espaço já está ajudando a trazer Coisas Impossíveis, como encontrar e ouvir Hugh, para que eu possa dividir com vocês. <3
*Wolverine é o nome-de-guerra do mutante James Howllet, que para maioria – como eu – é conhecido como Logan ou Arma X.
Talento não envelhece… Por isso concordo que será difícil para um
“jovem” assumir o Wolferine
E parabéns pelo coisasimpossiveis. Vc voltou em grande estilo
Como sempre você faz querer assistir , esse principalmente. Quando vem a parte dois?
Aí morri… não acredito que vc viu está “coisa” de perto… parabéns Sil!! Ai.Meu.Deus.
Adorei o texto!