A nova série do canal de streaming Amazon Prime Video, hoje a maior competidora da Netflix – mas ainda não tão badalada aqui pelo Brasil, chegou causando. Em primeiro lugar por trazer atores menos conhecidos, com a exceção de Gillian Anderson (que além da eterna Dana Scully de Arquivos X também trabalhou em Hannibal recentemente) e em segundo por ser roterizada e produzida por Bryan Fuller (também de Hannibal) que possui uma assinatura bastante polêmica em seus trabalhos, usando de muito simbolismo, cores vivas e sonorização expressiva.
Rei Arthur, O Filme
Em primeiro lugar eu preciso pedir desculpas pela falta de profissionalismo. Além de ter ficado “quebrada” e de cama por um tempo – acho que nunca dormi tanto na vida – eu resolvi experimentar uma nova forma para o blog. MAS por motivos de força maior, ao invés da estréia ser com microfone, maquiagem e edição, vocês irão assistir um vídeo BEM caseiro feito no celular mesmo. Espero que me perdoem.
Mas, tem uma surpresa no final do vídeo: finalmente o sorteio da camiseta do filme “Rei Arthur: A Lenda da Espada” ORIGINAL, poderá ser de alguma pessoa sortuda. Basta ver quais são as regras e torcer para ganhar. =)
Já aproveito e deixo UM aviso para a Warner: eu quero ir no set de filmagem da continuação de Rei Arthur! E sou do time que está na torcida para que venha o próximo filme, especialmente depois que eu descobri que Charlie Hunnam tem excelente gosto para cabelos! (O mini vídeo já está disponível no nosso canal de Facebook e Instagram, e em breve a entrevista entrará toda aqui no ar <3)
Beijos,
Sil
Antes Que Eu Vá
Estava ansiosa para dar minhas impressões sobre o filme então a solução foi vídeo caseiro mesmo!
9 motivos para não perder Big Little Lies
Algum tempo atrás a HBO nos convidou para assistir o primeiro episódio dessa série que carrega mais estrelas do que a calçada da fama: Reese Whiterspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Zoë Kravitz, no elenco feminino e ninguém menos de que Alexander Skarsgård, que já nos conquistou pessoalmente, em um papel que faz você prestar mais atenção nos dotes artísticos do moço. É impossível que as pessoas não estejam falando ou querendo assistir – especialmente agora que acabou – o seriado. Baseado em um livro homônimo de Liane Moriarty, Big Little Lies (U.S.A, 2017) conta a história de um assassinato que acontecesse em uma festa de uma escola. E a série começa com antes do acontecimento, misturando momentos da investigação em depoimentos dados por personagens secundários.
Infelizmente eu confesso que o primeiro episódio não prendeu minha atenção o suficiente para eu falar a respeito da série na época. Mas aí veio o segundo, o terceiro e quando eu vi estava completamente envolvida na trama que, para nossa tristeza, só tem 7 episódios. Mas se você ainda não viu BLL, temos uma listinha com razões para assistir. E não esqueçam: HBO Go disponibiliza todos os episódios e em setembro você poderá assinar o serviço de maneira ainda mais fácil. Tudo para ninguém perder algumas das melhores séries. Mas vamos aos motivos:
Fragmentado
O diretor M. Night Shyamalan, que experimentou um sucesso estrondoso com O Sexto Sentido (The Sixth Sense, U.S.A.,1999) e algumas críticas não tão excepcionais em seus outros filmes, volta finalmente à cadeira de direção com seu novo longa Fragmentado (Split, U.S.A., 2017). Conforme contou na coletiva quando esteve em São Paulo, ele nos contou que sempre foi interessado no assunto desde que cursou uma cadeira de Psicologia na faculdade e ao mesmo tempo, “perseguia” sua atual esposa fazendo as mesmas aulas que ela. Com um diretor tão interessado no tema, um ator que sempre quis fazer uma personagem dessas e mais uma equipe de psicólogos de plantão,
Shyamalan entrega um filme absolutamente bem trabalhado sobre o Transtorno Dissociativo de Personalidades, comumente conhecido como Múltiplas Personalidades. O fantástico ator, James McAvoy estrela nos “papéis principais” e ouso dizer que poucos atores aguentariam o peso do papel. Aliás, aproveito e já começo minha campanha para que leve a estatueta de melhor ator no 90º Academy Awards.
O filme, que conta a história de três amigas Anya Taylor-Joy (A Bruxa), Haley Lu Richardson (Quase 18) e Jessica Sula (da série britânica Skins) sequestradas por uma das personalidades de Kevin e presas em um porão, sem entender o que está acontecendo, ou seja, especialmente porque McAvoy cada hora é de um jeito, causa arrepios. E nós sabemos que a sua pior faceta ainda está para nascer, a própria chamada do filme avisa que existe uma 24ª personalidade chegando, e só uma questão de tempo para isso.
Falando um pouco sobre a doença de Kevin, que já foi retratada em outros filmes e séries*, uma das características comuns nos retratos audiovisuais é que conforme mais personalidades vão surgindo, as mais “fracas” são muitas vezes dominadas e perdem inclusive o direito de aparecer, passando a existir somente internamente. A atuação é envolvente e o cuidado com o gesticular, com as roupas, com a forma de falar de cada uma de suas personas, faz com que você queira conhecer ainda mais as outras personalidades que aquele corpo abriga. Mas o tempo é o maior inimigo de todos, inclusive aqui, do filme.
Como o tempo do filme é limitado, o trabalho de Shyamalan e McAvoy em construir e mostrar não só a história de Kevin, apresentá-la de forma que você acredite nela, e no meio disso reconstruir a fama para um diretor que é super dedicado e acredita em seus projetos, mas andou deixando a desejar para muitos críticos e seu público, torna tudo ainda mais difícil. Entretanto a química do diretor e do ator é tão incrível que podemos chegar a dizer que talvez um conseguiu complementar muito bem o outro e o resultado final é bem sucedido. Sem McAvoy, Shayalaman jamais conseguiria criar um Kevin real, crível, e provavelmente acabaria com mais uma bomba na mão.
Recomendo o filme e espero que seja a volta de um diretor que parece amar tanto o que faz. Para não dizer que o filme é perfeito, talvez eu fizesse algumas escolhas mais sutis que Shyamalan, mas nada que prejudique o filme.E McAvoy, se eu já te amava como ator, você acabou de ganhar inteiramente meu coração. Aliás, você e suas 24 personalidades! McAvoy para melhor ator em 2018!
Ah, fiquem para a cena pós-créditos!
PS: Algumas pessoas falaram comigo que estavam com medo de ver o filme. Sim, o Shyamalan no passado trabalhou com fantasmas e outros tipos de monstros, mas não é o caso deste filme. Sem dar grandes spoiler, o monstro aqui é a doença de Kevin e como a humanidade age, afinal, a maior parte das pessoas que desenvolvem essa doença passaram por algum tipo de experiência traumática.
Enquanto não posto a entrevista com o Shyamalan e as pesquisas que fiz, fica a pergunta: quem é o monstro? Alguma personalidade de Kevin ou a pessoa que o traumatizou em primeiro lugar?
10 Motivos para ver Kong: Ilha da Caveira
A primeira vez que me falaram que estavam filmando mais uma versão de “King” Kong, eu juro que me perguntei: Por quê? Eu vou ser sincera e acho que toda a história de um gorila gigante ser levado para um circo/zoológico ou qualquer centro de entretenimento que exiba animais no gênero, está para lá de fora de moda, afinal hoje nós queremos respeito e dignidade para os animais. E por favor, toda a questão da zoofilia entre o Kong e a mocinha também já deu, não? Mas eis que na CCXP 2016, a Warner trouxe Jordan Vogt-Roberts para o Brasil, o diretor de Kong: Ilha da Caveira (Kong: Skull Island, USA, 2017) para apresentar o filme e eu estava presente no painel.
Explicando que o filme desenrola contemporâneo à Guerra do Vietnã – Guerra aliás que está sendo pouco explorada pela indústria áudio-visual no momento – e que Kong seria “dono” de sua Ilha, confesso que fiquei intrigada para saber o que sairia da visão daquele diretor que parecia ser interessante o suficiente para trazer algo novo e fresco para uma história já tão contada. E não é que o filme foi uma surpresa positiva? Eis alguns motivos pelos quais você deve ver Kong:
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Hugh Jackman no Brasil (Parte 1/2)
Poucas situações na vida me fazem acordar cedo em um Domingo de excelente humor e até passar maquiagem! Acho que quando a gente se dá conta que passou maquiagem para ir ao cinema às 8h – isso mesmo, OITO horas da manhã; domingo; de bom humor – é que percebemos o quanto nos importamos e amamos o que estamos fazendo. E assim foi a manhã do dia 19 de fevereiro, vestida inspirada na minha X-men preferida (alguém se arrisca à adivinhar?), que fui assistir e provavelmente ver pela última vez o ator Hugh Jackman interpretar a personagem que ele assumiu com maestria por 17 anos: Wolverine.
Calma, antes que digam que eu estou insinuando alguma dica sobre o final do filme, eu espero que vocês me conheçam melhor do que isso. Hugh é que decidiu que era hora de pendurar as garras de Adamantium, e partir para novos projetos. Embora ainda em forma, e no auge de sua carreira, o ator, que fará 49 anos esse ano, sabe que a rotina dura de exercícios e as dietas super restritivas para viver o mutante que “não envelhece” em breve não serão o suficiente para manter a vitalidade de Logan/Wolverine* na tela – afinal o mutante tem o “fator de cura” que faz com que seu corpo se regenere e por consequência viva mais e sem sentir a passagem do tempo. Portanto, é hora de Jackman, se aposentar do papel, e sabemos que será difícil outro ator assumir esse espaço deixado.
Enquanto Hugh tomava café pingado em uma padaria perto de minha casa (haja desencontro!), eu estava munida de pulseira, credencial e esperava na fila para assistí-lo em Logan (Logan, U.S.A., 2017). Naquele momento, eu pensei no ciclo que vivenciei ao longo desses anos, e sorri ao pensar que Wolverine/Hugh esteve lá desde a primeira vez que vi meu marido, na primeira “crítica” que escrevi, e em outros momentos importantes da minha vida. E agora, em um novo momento ele estava aqui ao vivo, presente em carne e osso, e eu tinha sido escolhida para participar desse momento apesar de estar recomeçando. E é talvez por essa história que temos, que estar presente na coletiva foi um momento de tanto impacto na minha vida. Quantas vezes, nós temos a chance de começarmos e recomeçarmos, sob a benção de um ator que marcou nossa história?
Como prometi, e esse é o primeiro post original. Preciso confessar que achei que jamais seria escolhida para a coletiva de Logan. Circularam as primeiras notícias de que Hugh Jackman viria ao Brasil, mas eu não esperava nem ser chamada, afinal: veículo novo, começando, vida bagunçada. E aí veio o primeiro e-mail e o meu coração pulou uma batida, entretanto a confirmação só seria feita até a sexta feira que antecederia o evento. Não acreditando que seria chamada, troquei minha passagem e aceitei passar o fim de semana no Rio, agradeço as minhas mosqueteiras por me animarem, pois todos os meus planos até então pareciam ter falhado. Até que durante o almoço na sexta, toca o sinal de que chegou um e-mail novo e eu não consigo falar ou respirar, era a confirmação para a coletiva!
No fim das contas, posso dizer que o nome desse espaço já está ajudando a trazer Coisas Impossíveis, como encontrar e ouvir Hugh, para que eu possa dividir com vocês. <3
*Wolverine é o nome-de-guerra do mutante James Howllet, que para maioria – como eu – é conhecido como Logan ou Arma X.
Animais Noturnos
O segundo filme dirigido pelo estilista é um delírio estético e artístico para qualquer um que aprecie não só uma boa história e belas roupas, mas que também queira se impressionar com a capacidade da arte da fotografia cinematográfica. Usando de cores fortes, imagens sobrepostas e excesso de contrastes, Ford e seu diretor de fotografia Seamus McGarvey (que fez a fotografia do 50 tons de cinza) conseguem transformar em arte cenas que normalmente seriam feias para os nossos olhos.
Leia mais em Filmes da Sil: Animais Noturnos publicado em 06.01.2017
A Garota No Trem
É muito complicado falar ou discutir qualquer detalhe do filme, contado basicamente sobre o ponto de vista de Rachel, sem entregar algum detalhe. Mas vamos lá: em uma narrativa não muito linear, o diretor Tate Taylor mostra como a percepção que temos de nós e do nosso passado pode afetar como percebemos os outros. Ou pior, como deixamos os outros nos perceberem. E é assim que a vida de três mulheres: Rachel, Megan (Haley Bennett) e Anna (Rebecca Ferguson), acabam interligadas por uma simples fração de segundos, tempo suficiente para que se perceba algo de uma janela de um trem.
Leia mais em Filmes da Sil: A Garota No Trem publicado em 21/10/2016
A Lenda de Tarzan
Sabem quando você conhece “tudo” sobre uma personagem mas nunca viu nenhum – ou pelo menos não se lembra – filme a respeito dela? Pois é, essa sou eu com Tarzan, O Rei das Selvas. Mas sempre parece meio óbvio: Tarzan, Jane, África, cipós, gorilas, a paixão entre o selvagem e a colonizadora. Ah! Não podemos esquecer do famoso grito, certo? Mas será que em 2016, depois de tantas versões, essa lenda já não estaria ultrapassada? Foi com esse pensamento que eu assisti ao filme que estreou essa quinta.
Leia mais em Filmes da Sil: A Lenda de Tarzan publicado em 23/07/2016